Em dez anos, pode se concretizar um sonho antigo dos cientistas: eletrodos devem estimular o cérebro e ajudar a melhorar o rendimento intelectual. Mas a principal novidade é que esse avanço também permitirá que pessoas com deficiência escrevam com a mente e se curem de doenças neurológicas, segundo reportagem do site “Info” sobre o evento B Debate, realizado em Barcelona, no final de abril.
Os estímulos devem ser parecidos com aqueles alcançados por quem toma café ou bebidas energéticas. Já os pacientes com paralisias podem conseguir escrever mensagens de texto e controlar dispositivos por meio do chip implantado no cérebro.
De acordo com a neurocientista Mavi Sánchez Vives, esse tipo de tecnologia já se mostrou benéfico ao tratar sintomas da depressão, bloquear ataques de epilepsia, induzir a recuperação de quem sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e controlar os efeitos do Parkinson, especialmente os tremores. Também devem ser criadas próteses sensoriais e visuais que poderão gerar informação visual a cegos.
No entanto, como é tudo muito recente, os efeitos a médio e longo prazo desse tipo de implante ainda são desconhecidos. Por isso, para a especialista, é preciso cautela em relação aos novos tipos de tratamento. Caso seja possível aderir a eles sem efeitos colaterais, o curso da medicina pode ser mudado definitivamente.
Fontes: Info (http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2015/04/cientistas-apresentam-projetos-de-chips-para-melhorar-rendimento-intelectual.shtml)