O processo é chamado dessalinização. Por meio dele, são retiradas partículas sólidas, como sais minerais em excesso e micro-organismos. Existem dois métodos para tal: a destilação térmica, que imita o ciclo natural da chuva, e a osmose reversa, que desloca fluidos até alcançar o equilíbrio entre eles, retendo partículas sólidas em uma membrana semipermeável durante o processo.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a dessalinização representa o maior potencial para saciar a sede humana e irrigar plantações no Oriente Médio, no norte da África e em algumas ilhas do Caribe. De acordo com a International Desalination Association, mais de 300 milhões de pessoas são abastecidas diariamente por meio desse método no mundo.
Porém, a dessalinização não é sempre conveniente. A ONU aponta que o bombeamento da água dessalinizada para regiões distantes requer muita energia para operar, encarecendo o processo. Além disso, a fonte de energia utilizada por enquanto é fóssil, o que não é sustentável e apresenta oscilações no valor.
Outro problema se relaciona às águas residuais que sobram após o método. Ao serem despejadas diretamente no oceano, podem ter efeitos negativos sobre os ecossistemas marinhos. Isso porque têm concentração de sais muito superior à concentração natural, além de resíduos tóxicos para alguns animais, como aditivos químicos e metais pesados oriundos da corrosão que ocorre dentro das tubulações utilizadas durante o procedimento. No caso da destilação térmica, a água descartada está em temperatura muito superior à da água do mar.
Por isso, é importante que sejam criadas novas tecnologias tanto para reduzir o consumo de energia quanto para minimizar impactos ambientais e, assim, solucionar a escassez de água potável sem criar novos problemas.
Fonte: Universo Jatobá (http://www.universojatoba.