Você já deve ter ouvido falar sobre doenças na gengiva, não é mesmo? Afinal, segundo o Guinness Book, o famoso Livro dos Recordes, esse é o tipo de doença mais comum em todo o mundo. Só para ilustrar, cerca de 99% dos brasileiros são acometidos por algum tipo de alteração gengival.
Conheça os problemas periodontais mais comuns entre os brasileiros, quais são os sintomas, fatores de risco, como obter o diagnóstico e os melhores tratamentos para estas condições.
O que são doenças nas gengivas?
Na maioria das vezes, as doenças na gengiva surgem por causa da higiene bucal precária. A limpeza inadequada promove o acúmulo de restos de comida e, consequentemente, oferece um ambiente ideal para a formação de placa bacteriana.
Se a placa não for retirada, com o auxílio da escova, pasta de dente e fio dental, ela fica endurecida e solidificada, passando para o quadro de tártaro. Depois disso, pode evoluir para gengivite, periodontite, retração gengival ou até mesmo gengivite ulcerativa necrosante aguda (GUNA).
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Quais são as doenças na gengiva?
Das quatro doenças citadas acima, a gengivite e a periodontite são as mais comuns.
Gengivite
A placa bacteriana acumulada ao redor e entre os dentes é, sem dúvida, a maior causadora da gengivite, um dos primeiros sinais de inflamação gengival. Ela acontece pela falta de limpeza, que contribui no excesso de alimentos entre os dentes. Com o passar do tempo, as bactérias ali presentes se transformam em colônias, colaborando na formação do tártaro.
O problema pode ser facilmente identificado, basta observar gengivas inchadas, vermelhas, sensíveis ou se sangram durante a escovação e limpeza com o fio dental.
Vale lembrar que o uso incorreto do fio dental, com excesso de força ou movimentos equivocados, também promove sangramento.
Não apenas a higiene bucal incorreta, como também o consumo de algumas medicações, alimentos ricos em açúcar, tabaco, álcool, diabetes e estresse contribuem na manifestação da gengivite.
Periodontite
Fortes dores, mau hálito, mobilidade dos dentes, inchaço, vermelhidão da gengiva, sangramentos durante a alimentação e limpeza, retração gengival, presença de pus, alteração do paladar e gengiva inflamada são alguns dos sintomas provocados pela periodontite.
Se o paciente percebeu os sintomas da gengivite, mas não procurou o dentista, a tendência é que o quadro evolua para periodontite, a inflamação do periodonto. Estamos falando de uma doença irreversível e que traz enormes prejuízos para a saúde bucal.
Além do tecido, os ligamentos periodontais e os ossos também são afetados. A gengiva, por sua vez, começa a se separar dos dentes, abrindo cavidades perfeitas para as bactérias se multiplicarem.
A intensificação dessa inflamação pode, no pior dos cenários, provocar a queda dos dentes. Nesse estágio, onde a periodontite já está avançada, as bactérias estão fora de controle, já tomaram conta do interior do dente. Os ligamentos e nervos estão deteriorados, não conseguem sustentar os dentes.
O que pode causar inflamação da gengiva?
Sem dúvida, a inflamação da gengiva, que pode desencadear em doenças gengivais, tem forte relação com a falta de higiene bucal. A limpeza deve ser feita diariamente, sempre com o uso de escova, pasta de dente e fio dental.
Fatores de risco
Além da higiene precária, outros fatores aumentam a probabilidade de gengivite, periodontite e outras anomalias na gengiva. A seguir, veja seis fatores de risco:
- Consumo de tabaco;
- Medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos, anti-psicóticos e sedativos;
- Obesidade;
- Alteração nos hormônios;
- Doenças autoimunes, como diabetes, aids, psoríase, lúpus e esclerose múltipla;
- Alto consumo de bebidas alcoólicas.
8 sintomas que podem indicar doenças na gengiva
1. Coloração da gengiva
A saúde das gengivas consegue ser medida a partir da coloração do tecido. Gengivas que carregam a cor rosa-pálido estão saudáveis. Por outro lado, se elas estiverem vermelhas ou até mesmo roxas, existe algum tipo de problema que deve ser solucionado o mais breve possível.
Falando em coloração, manchas no tecido podem indicar melanoma na gengiva, uma doença rara.
2. Presença de sangue
Outro sintoma de doenças gengivais é o sangramento. O sangue aparece durante a higiene bucal, quando a escova de dentes ou o fio dental entram em contato com o tecido. Em outros casos, o sangue pode escorrer em meio a alimentação ou até mesmo sem contato algum com a comida ou aparelhos de higiene bucal.
3. Alteração no hálito
Sintoma recorrente em quadros de periodontite, o mau hálito, também chamado de halitose, tem ligação com problemas na gengiva. E também tem a ver com o excesso de saburra, presença de placa bacteriana, cáries e alterações intestinais.
4. Dentes móveis ou moles
Dentes moles são sinônimo de que a doença está em estágio avançado. Nessa fase, as bactérias prejudicaram, e muito, a capacidade de sustentação dos dentes. Assim, eles tendem a ficarem moles ou, nos pior dos casos, podem cair.
5. Feridas
A ferida na gengiva é formalmente chamada de ulceração. Elas estão presentes em regiões mucosas, como é o caso do tubo digestivo, onde está localizada a boca. O machucado na gengiva perto do dente é provocado pela forte presença de bactérias.
6. Inchaço
Quando as gengivas estão com a saúde em dia, elas costumam ser rosadas e firmes. Caso contrário, se o tecido estiver avermelhado e inchado, algo está errado. Afinal, qualquer região do corpo inflamada tem a presença de inchaço.
7. Encolhimento da gengiva
Doenças gengivais também promovem a sensação de que os dentes cresceram. Na verdade, os dentes não aumentaram de tamanho. Pelo contrário, foram as gengivas que encolheram, ficaram retraídas.
8. Pus
Por fim, a presença de abscesso na gengiva é um claro indício de periodontite. Quando existe bolha na gengiva, a doença está em estágio avançado.
Os oito sintomas apresentados podem ter ligação com anomalias na gengiva. Porém, também podem indicar problemas em outras partes do corpo. Para acabar com as dúvidas, o ideal é marcar uma consulta para que um profissional da área possa investigar o caso.
Evitar a ida ao consultório só traz prejuízos à saúde bucal. Lembre-se: quanto mais rápido for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo dentista, que realizará exames na boca e fará diversas perguntas ao paciente, sobre o histórico familiar e o estilo de vida adotado. Logo em seguida, o profissional irá em busca de placa, tártaro e sangramento na cavidade bucal. Em algumas ocasiões, o paciente pode ser submetido a uma radiografia.
Tratamentos
Em relação à cura, ela varia conforme o caso, é algo muito particular. Todavia, os tratamentos costumam ter medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios.
Além disso, podem ser realizados processos como raspagem e limpeza, com o objetivo de retirar a placa ou o tártaro. Os dentistas também possuem a opção de reconstruir as áreas afetadas pela doença.
Como evitar
A melhor maneira de evitar doenças gengivais envolve uma boa higiene bucal. A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sempre após as refeições. De preferência, a pasta de dente deve conter flúor. O fio dental deve ser utilizado pelo menos uma vez ao dia, de preferência antes de dormir.
Sozinha, a boa higiene bucal diminui consideravelmente as chances de qualquer problema na gengiva. Mas se estiver aliada a bons hábitos, o cenário fica melhor ainda. É preciso dosar o consumo de álcool, refrigerante e alimentos ricos em açúcar. Além de evitar o tabaco.
E, por fim, não existe prevenção sem visitas periódicas ao consultório. Se você quer evitar doenças na gengiva e cuidar da saúde bucal, mas ainda não possui plano odontológico, faça já uma cotação. A Assistência Unimed Odonto conta com mais de 23 mil opções de atendimento espalhadas por todo o Brasil, com ampla cobertura para os mais variados procedimentos. Confira agora nossas opções de assistência individual e de planos para empresas!